Já deveria saber há um bom tempo, mas só agora me dei conta de que sou, de fato, jornalista. Ganhei uma semana de folga para vir para o XXXI Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, que está sendo realizado em Natal-RN. Poderia me dedicar exclusivamente à programação do congresso, fazer festa ou ir para a praia todos os dias, mas não. Optei por outras coisas. Bem, claro que cheguei e fui para a praia no primeiro dia, pois precisava espantar o cansaço depois de apenas três horas de sono e seis intermináveis de vôo. É curioso que tenha sido nessa minha primeira caminhada que já vi logo uma matéria me saltando aos olhos. A orla da Praia dos Artistas, uma das praias urbanas de Natal, havia desabado no dia anterior. Em pouquinhos minutos, já havia duas televisões cobrindo o ocorrido acerca de um metro de distância dos meus olhos. Em seguida, descobri que a Assembléia está intensificando as discussões sobre a concorrência do sal chileno ao sal potiguar, que representa 95% do consumo interno brasileiro. Mais tarde, abri o jornal Tribuna do Norte, um dos principais aqui da região, e já fui logo me deparando com avanços pelo fim do nepotismo nos três poderes. Já fui visualizando um boletim de rádio se materializando para a Agência Radioweb, onde trabalho, sobre o tema, que é de interesse de todo o Estado e, de modo geral, inclusive do país. Bom, não resisti. Foi mais forte do que eu. Tive que ligar para os meus colegas e chefes para oferecer a pauta. Não sabia nem se conseguiria entrevistar alguém ainda, mas daria um jeito.... e dei. Liguei para o TCE e, sei lá se por competência ou sorte, consegui marcar uma entrevista com o presidente da corte para uma hora depois, e ainda acompanhada da TV Tropical, representante local da Record, cuja repórter me auxiliou em algumas informações sobre as quais eu não havia tido acesso por não ter estado perto do caso anteriormente. Rapidinho estava com uma pauta e uma entrevista na mão. Bem, alguns podem me achar louca por ser tão prestativa em querer trabalhar enquanto poderia aproveitar o pouco tempo que me resta extra-congresso para desfrutar de uma das águas mais cristalinas da costa brasileira como vocês podem ver aí na foto. Entretanto, há um lado bom de trabalhar por pura gana, num lugar teoricamente 100% lazer. Para chegar até o TCE, caminhei cerca de dois quilômetros à beira mar. Suei um pouco na tarde ensolarada dessa terra extasiantemente quente, é verdade, principalmente depois de subir a "famosa" Ladeira do Sol. Entretanto, depois do sol, da rampa e de 30 minutos de espera, vi como é magnífico trabalhar aqui no TCE. A foto da praia que vocês vêem aqui postada foi batida diretamente do sexto andar do edifício. Depois, já no décimo segundo, no gabinete presidencial, meu colega fotógrafo bem que tentou representar as tardes difíceis que o senhor Paulo Roberto Chaves Alves passa na corte, mas infelizmente a claridade do sol potiguar não o permitiu. As dores de cabeça podem ser muitas, mas com essa vista no final de todos os expedientes, me desculpem, mas não há estresse que resista. Porém, não tenho inveja. Pelo menos não durante meus dias por aqui, em que meu "escritório" de trabalho pode ser muito bem representado pela foto ao lado. Se for sempre assim, eu faço quantas pautas me permitirem com o maior prazer do mundo. Se eu cansar... atravesso a rua.... dou um mergulho e, depois, volto ao trabalho!
2 comentários:
Oioioi
Passo por aqui seguido e acho que nunca escrevi um comentário sequer... :cp
Enfim... inaugurado então o diálogo, hehehehe
Muito legal que estás conhecendo lugares novos.. tô morrendo de inveja de ti, tô precisando loucamente esvaziar a cabeça e desempoeirar o espírito em algum lugar longe daqui, nem que seja por 24 horas... mas acho que antes de no mínimo um ano não rola...
Beijões, cuide-se por aí, e aproveita bastante! :cD
E os créditos das fotos, srta jornalista? :P
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