quarta-feira, setembro 10, 2008

Rejeição

Parado com um livro na mão, ignoras minha presença. Olho-te sem desviar meus olhos por um segundo sequer. Não digo nada. Não pronuncio uma única palavra. Finges que não percebes minha presença. Pensas que não sei? Corrôo-me de raiva porque teu olhar não transpassa o soslaio. Quando te ignorava, me dissecavas intrigadamente. Agora, que tento desvendar-te, finges que não me vês. Deixa de lado as letras, as palavras, as frases... por mim! Não? Gozarei a busca por algo que me atraia mais. Desfrutá-lo em paz. Teu livro.
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Por que ficas aí parada, olhando-me sem dizer nada? Me desconcentras. Não vês? Antes, não me olhavas assim, deste jeito, e eu não te olhava assim, de soslaio. Perdes teu tempo e te desgastas ao tentar despir-me sem nem mesmo tocar-me. O que queres que não te dou? O que desejo dar-te, mas não consigo? Por que não te olho como antes te olhava, como me olhas agora, como antes não me olhavas? Será por que não te desejo mais? Não sei. Apenas não quero olhar-te. Deixa-me. Há de haver algo que te atraia mais. Deixa-me em paz a dissecar meu livro.
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Sei que estou atrasada, mas pelo menos cheguei. Em breve, mais comentários sobre a cidade potiguar magnífica que visitei. Belezas e infortúnios.

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