Se você nunca viu este moço de terno e óculos escuros aí da foto ou algum outro jovem da mesma faixa etária em performance semelhante, está na hora de sintonizar a televisão na Bandeirantes às 22h15min de segunda-feira. Encabeçados pelo renomado jornalista Marcelo Tas; Rafinha Bastos, Marco Luque, Felipe Andreoli, Danilo Gentili, Rafael Cortez (na foto), Oscar Filho e Warley Santana (o oitavo elemento) agregam boa dose de humor ao noticiar acontecimentos da semana, satirizando celebridades e políticos. Apesar de não ser cem por cento original, o programa – que estreou em março deste ano e foi responsável por dobrar a audiência da Band nas noites de segunda-feira – acrescenta à programação um tipo de humor inédito na televisão brasileira.
A nova atração foi nomeada CQC a fim de não perder a identidade com seus antecessores estrangeiros, entretanto se difere no significado da sigla. O programa teve início na Argentina em 1995 com o nome de Caiga Quien Caiga, e se disseminou por Espanha, Chile, Itália, Israel, França, Uruguai e Estados Unidos, chegando ao Brasil como Custe O Que Custar (ótima tradução, por sinal). Aqui, foi comparado ao Pânico na TV, da Rede TV!, embora tenham pouca semelhança. Ainda que ambos sejam humorísticos, enquanto este utiliza um tipo de humor exagerado para satirizar basicamente celebridades, o CQC emprega um humor elegante, inteligente e refinado para ironizar fundamentalmente a política e os políticos. O objetivo fundamental do programa não é ser engraçado, mas criticar ridiculamente fatos absurdos do nosso cotidiano. Além disso, sua equipe tem o que acrescentar à sociedade, pois traz à tela falcatruas políticas e cobra dos responsáveis mudanças prometidas às comunidades.
Alguns de seus integrantes são atores, outros são conhecidos por suas performances em stand-ups, alguns são jornalistas, mas absolutamente todos são dotados de uma imensurável dose de cara-de-pau. Os repórteres são assaz perspicazes. Apenas o Warley Santana mereceria uma ressalva, pois lhe faltam naturalidade e dinâmica. Talvez seu quadro, Em Foco, não colabore, visto que não tem nada de engraçado. Não haveria apresentador melhor que Marcelo Tas, eis que já tinha incorporado papel semelhante em seu repórter fictício Ernesto Varela, que ironizava personalidades políticas na época da abertura pós-ditadura militar. À bancada, está muito bem acompanhado de Rafinha Bastos, que sempre tem algum comentário relevante, além de engraçado. Entretanto, parece-me dispensável a presença de Marco Luque ao lado dos dois anteriormente citados. Não que o moço não tenha talento, pois seu desempenho no teatro é excelente. Porém, diria que as piadas dele são incoerentes com o programa, pois enquanto o CQC está repleto de humor inteligente, o do Luque beira a imbecilidade.
Além de uma inovação e revitalização à nossa televisão condenada à mesmice, diria que o programa aproxima-se da perfeição. Mas é preciso ter cuidado, pois um passo equivocado pode pôr tudo ladeira abaixo. Enquanto bem dosado, o CQC está excelente, mas basta exagerar nas frivolidades para colocar tudo a perder. Por outro lado, talvez pudesse ousar mais na criatividade e tentar fugir levemente dos critérios estabelecidos por seus antecessores, agregando assim mais originalidade ao programa e aproximando-o ainda mais dos brasileiros.
A nova atração foi nomeada CQC a fim de não perder a identidade com seus antecessores estrangeiros, entretanto se difere no significado da sigla. O programa teve início na Argentina em 1995 com o nome de Caiga Quien Caiga, e se disseminou por Espanha, Chile, Itália, Israel, França, Uruguai e Estados Unidos, chegando ao Brasil como Custe O Que Custar (ótima tradução, por sinal). Aqui, foi comparado ao Pânico na TV, da Rede TV!, embora tenham pouca semelhança. Ainda que ambos sejam humorísticos, enquanto este utiliza um tipo de humor exagerado para satirizar basicamente celebridades, o CQC emprega um humor elegante, inteligente e refinado para ironizar fundamentalmente a política e os políticos. O objetivo fundamental do programa não é ser engraçado, mas criticar ridiculamente fatos absurdos do nosso cotidiano. Além disso, sua equipe tem o que acrescentar à sociedade, pois traz à tela falcatruas políticas e cobra dos responsáveis mudanças prometidas às comunidades.
Alguns de seus integrantes são atores, outros são conhecidos por suas performances em stand-ups, alguns são jornalistas, mas absolutamente todos são dotados de uma imensurável dose de cara-de-pau. Os repórteres são assaz perspicazes. Apenas o Warley Santana mereceria uma ressalva, pois lhe faltam naturalidade e dinâmica. Talvez seu quadro, Em Foco, não colabore, visto que não tem nada de engraçado. Não haveria apresentador melhor que Marcelo Tas, eis que já tinha incorporado papel semelhante em seu repórter fictício Ernesto Varela, que ironizava personalidades políticas na época da abertura pós-ditadura militar. À bancada, está muito bem acompanhado de Rafinha Bastos, que sempre tem algum comentário relevante, além de engraçado. Entretanto, parece-me dispensável a presença de Marco Luque ao lado dos dois anteriormente citados. Não que o moço não tenha talento, pois seu desempenho no teatro é excelente. Porém, diria que as piadas dele são incoerentes com o programa, pois enquanto o CQC está repleto de humor inteligente, o do Luque beira a imbecilidade.
Além de uma inovação e revitalização à nossa televisão condenada à mesmice, diria que o programa aproxima-se da perfeição. Mas é preciso ter cuidado, pois um passo equivocado pode pôr tudo ladeira abaixo. Enquanto bem dosado, o CQC está excelente, mas basta exagerar nas frivolidades para colocar tudo a perder. Por outro lado, talvez pudesse ousar mais na criatividade e tentar fugir levemente dos critérios estabelecidos por seus antecessores, agregando assim mais originalidade ao programa e aproximando-o ainda mais dos brasileiros.
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