quinta-feira, outubro 28, 2010

Ainda que leve muito tempo

A noite aureolada que invadiu teu espaço e o meu surpreendendo-nos embebidos
O dia que amanheceu tomado de vazio e saudade despertando-nos perdidos
A barca e a maré que nos levam sem rumo até o destino a que ainda não chegamos
O sonho que incertamente seguro guia a corrente devolvendo-nos a razão
As amêndoas castanhas cujo brilho vaga em rota circular atraindo-me dia-a-dia
A voz que me da calma e coragem no meio do turbilhão em que vivemos
O sol que se levanta mais quente e resplandecente conforme passa o tempo
Que me desperta adormecendo-me em sonhos que me reconducem ao caminho
O que seria de nós se as linhas paralelas de fato não se cruzassem?
O que aconteceria se o tempo e o espaço nunca resultassem em simbiose?
Voltaríamos a nos encontrar e a nos perder no meio de tudo e de nada
Para construir a cada encontro paredes mais árduas que jamais se dissoverão...

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