Um baixinho, cuja aparência repugnante passa despercebida às pessoas que com ele cruzam na França do século XVIII, ganha fama no país através de um raro dom. Nascido em meio ao odor putrefato da Paris da época, Jean-Baptiste Grenouille tem como dádiva, ou quiçá castigo, o olfato terrivelmente aguçado. As mãos de seu criador, o escritor Patrick Süskind, farão o francesinho deparar-se com a tormenta que carregará até jazer: a ausência de seu próprio cheiro. A perturbação do protagonista desencadeia toda a história do romance O Perfume, que consagrou o alemão com sua publicação em 1985 e sua posterior tradução para 42 idiomas.
Tendo escrito previamente só a peça de teatro nomeada O Contra-Baixo e o livro de contos Um Combate e Outras Histórias, Süskind faz Grenouille perambular pelas cidades francesas de Auvergne, Montepellier, Grasse e, claro, a capital do país em busca de um cheiro que o faça ser notado pelos outros. Ao contrário do que o início do enredo possa sugestionar, seu desejo não é tornar-se um consagrado perfumista em meio a “boa dúzia” deles, que buscam acabar com a podridão que assolava a Paris da época. Sua intenção é apenas encontrar um odor para si mesmo; e sua cobiça é tamanha que seria capaz de qualquer coisa para atingir seus anseios. Para isso, o habilidoso rapaz insere-se na vida de um frustrado perfumista, passando a trabalhar como seu aprendiz. Grenouille busca arduamente desvendar todos os métodos utilizados para fabricar as mais diversas essências; fabricação esta descrita perspicaz e detalhadamente por Süskind.
Aliás, não são exclusivamente os pormenores do autor que qualificam sua obra. O Perfume é dotado de um ritmo que já tem início logo nas suas páginas mais primordiais e que permanece, através da repetição e dos jogos de palavras, durante toda a trajetória angustiante do protagonista, até o desvendar dos mistérios desencadeados ao longo da trama. Ademais, tem-se outra percepção do mundo através da obra, pois tudo o que normalmente percebemos através da visão, é proposto que analisemos por meio de outro sentido, que costumamos utilizar em freqüência consideravelmente menor. Através de odores que vão dos mais fétidos aos mais prazerosos, o alemão nos descreve minuciosamente a sociedade francesa da época, nos revelando pouco a pouco o desenrolar da trama, cujo final consegue ser ainda mais inusitado do que a idéia perpetrada pelo autor.
Tendo escrito previamente só a peça de teatro nomeada O Contra-Baixo e o livro de contos Um Combate e Outras Histórias, Süskind faz Grenouille perambular pelas cidades francesas de Auvergne, Montepellier, Grasse e, claro, a capital do país em busca de um cheiro que o faça ser notado pelos outros. Ao contrário do que o início do enredo possa sugestionar, seu desejo não é tornar-se um consagrado perfumista em meio a “boa dúzia” deles, que buscam acabar com a podridão que assolava a Paris da época. Sua intenção é apenas encontrar um odor para si mesmo; e sua cobiça é tamanha que seria capaz de qualquer coisa para atingir seus anseios. Para isso, o habilidoso rapaz insere-se na vida de um frustrado perfumista, passando a trabalhar como seu aprendiz. Grenouille busca arduamente desvendar todos os métodos utilizados para fabricar as mais diversas essências; fabricação esta descrita perspicaz e detalhadamente por Süskind.
Aliás, não são exclusivamente os pormenores do autor que qualificam sua obra. O Perfume é dotado de um ritmo que já tem início logo nas suas páginas mais primordiais e que permanece, através da repetição e dos jogos de palavras, durante toda a trajetória angustiante do protagonista, até o desvendar dos mistérios desencadeados ao longo da trama. Ademais, tem-se outra percepção do mundo através da obra, pois tudo o que normalmente percebemos através da visão, é proposto que analisemos por meio de outro sentido, que costumamos utilizar em freqüência consideravelmente menor. Através de odores que vão dos mais fétidos aos mais prazerosos, o alemão nos descreve minuciosamente a sociedade francesa da época, nos revelando pouco a pouco o desenrolar da trama, cujo final consegue ser ainda mais inusitado do que a idéia perpetrada pelo autor.